No gênesis foi uma festa, tudo era igual e havia muita alegria. O tempo foi passando e as diferenças foram ficando mais explícitas.
Menina, moça, mulher, mãe, esposa, “rainha do lar”, trabalhadora, avó e, algumas, ainda alcançam o direito para serem bisavós.
O caminho percorrido e a percorrer seria todo floreado, com céu anil, matas esmeraldinas, cascatas diamantinas e noites de luar intenso se ficássemos firmes na beleza da geração de vida, no dom da geração da vida, todavia, a fantasia e o sonho ganham contornos diversos, e a realidade se mostra bem diferente.
Ao longo da existência humana, a busca por reconhecimento, por “direitos iguais”, por independência, aliado ao descaso da sociedade – motivado pelos mais diversos aspectos – levaram a movimentos nem sempre aceitos pela linha machista, contudo, encontrando apoio e alcançando alianças importantes, porém, não sem muita luta, induziram à aprovação de leis que lhes garantisse a dita “igualdade de condições”, algo que deveria ser desnecessário se houvesse o respeito mútuo e o entendimento de que o ser humano, independente de gênero, tem condições e capacidades singulares, ímpar a cada indivíduo, nada específico ao homem ou à mulher, bem como as suas diferenças naturais, não nos cabendo brincar de Deus para alterar isso.No presente mais recente, mais especificamente, nos últimos cerca de 30 anos, a mulher vem, cada vez mais, se destacando dentro e fora de casa, exercendo, muitas vezes, o papel de pai e mãe, sendo o chefe da família – algo que, até então, era inerente aos homens –, e ingressando no mercado de trabalho com intensa competência para reafirmar a capacidade intelectual e condição física para exercer as mais diversas funções.
Entretanto, tal fato não se limita a seu papel laboral de assalariada, ou de empresária, pelo contrário, a grande maioria acaba tendo jornada dupla, às vezes tripla, se desdobrando para cuidar da casa, com inúmeros os afazeres domésticos, e se dedicar aos filhos, ao marido, à família.
Apesar de a presença da mulher no mercado de trabalho e a dissolução da imagem de “Amélia”, que a limitava a mãe, esposa e dona de casa, estar mais marcante nos dias atuais, as conquistas já alcançadas não se deram da noite para o dia, pelo contrário, a luta feminista se reporta à primeira metade do século passado, na Rússia, com as manifestações das mulheres por melhores condições de vida e de trabalho e contra a entrada do país na Primeira Guerra Mundial, movimento que é um dos marcos da Revolução de 1917.Mobilização similar também já era notada, desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, com a luta das mulheres por melhores condições de vida, de trabalho e pelo direito ao voto nas eleições. Eram campanhas mais do que justas, ocorridas no contexto da Segunda Revolução Industrial, com o ingresso, em massa, da mão-de-obra feminina, na indústria, reforçado com o advento da Primeira Guerra Mundial. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos das trabalhadoras.
Vale destacar que estamos nos reportando a uma época onde os meios de comunicação, ou as formas de comunicação, eram lentos, inexpressivos, praticamente inexistentes, principalmente se compararmos com a agilidade do que temos hoje, com rádios, tvs e, mais do que isso, a internet dos tempos modernos.
Nada foi, contudo, em vão. As batalhas foram se somando e as conquistas alcançadas paulatinamente, entre elas, a fixação de uma data, 08 de março – “Dia Internacional da Mulher”, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em dezembro de 1977, para lembrar as conquistas sociais, políticas e econômica das mulheres.O primeiro "Dia Internacional da Mulher", no entanto, foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do Partido Socialista da América, em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova York.
Hoje, todavia, com a agitação e a correria provocadas pela economia globalizada, a celebração alusiva à data perdeu parcialmente o seu sentido original e, a exemplo de outras datas, adquiriu caráter comercial e festivo, contrário ao momento de reflexão das conquistas e das dificuldades, aliado ao próprio interesse particular, mesmo que inconscientemente, dos empregadores em evitar evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917 e dos fatos que aconteceram em várias partes do mundo e culminaram com a efetivação deste “Dia Internacional da Mulher”, de tal sorte que,hoje, vemos e até compartilhamos da distribuição de rosas vermelhas ou pequenos mimos entre empregadores e suas “empregadas”.
Mas, enfim, hoje é 08 de março de 2012 e pela 35ª vez redemos nossas homenagens e elogios às Mulheres, mães, esposas, trabalhadoras, competentes, racionais, amorosas, atenciosas, batalhadoras, humanas. Muitas conquistas já foram alcançadas, mas, ainda há muita luta a ser travada.
Então, MULHERES, felizes dias vindouros, coroados de êxito em suas realizações.
Adorei... talvez esta tenha sido a postagem mais sensata, sem rodeios e, ao mesmo, colocando o que nós, mulheres, hoje, mais do nunca, representamos na sociedade. Os imbecis que apenas sabem lhe criticar e falar de você pelas costas, deveriam, no mínimo, aprender a trabalhar, aprender a ser a pessoa que você é, o jornalista com os devidos méritos, mesmo que isso não lhe tenha trazido louros ou outras conquistas. Muitas vezes fico imaginando como não lhe amar. Beijos, sucesso e toda a felicidade do mundo, pois eu bem sei como você merece. Fique com Deus.
ResponderExcluirValeu, Lívia. Obrigado pelo comentário e pelos elogios, não sei se realmente mereço tudo isso... Beijos e fique com Deus.
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