quinta-feira, 9 de junho de 2011

Bombeiros devem ter aumento de até 15% e gratificação de R$350

Governo quer encerrar desgaste do movimento. Secretário estuda impacto na folha salarial e teme reivindicação policial em cadeia.
Rio de Janeiro, B rasil – O governo do Estado do Rio deve dar um aumento entre 10% e 15%, gratificação de R$ 350 e vale-transporte para todos os bombeiros daquele Estado, para tentar encerrar os protestos, que causaram a prisão de 493 militares da corporação. A administração Sérgio Cabral considera que o reajuste será suficiente para convencer os manifestantes a parar de protestar.
A decisão pode ser considerada uma vitória do movimento dos bombeiros, embora a proposta seja inferior ao pleito dos manifestantes – que pedem piso salarial de R$ 2.000 em comparação ao atual, de R$ 1.038. Os bombeiros, entretanto, recusam-se a negociar enquanto os colegas continuarem presos pela invasão ao quartel-general da corporação, na última sexta-feira, 03.
Os cálculos do reajuste estão sendo feitos pela equipe do secretário de Planejamento e Gestão, Sérgio Ruy, que vai analisar o impacto do aumento na folha salarial do Estado. Uma das preocupações é que a concessão do aumento resulte em nova onda de pressão, dessa vez por parte das polícias Militar e Civil. A decisão, porém, só deve ser anunciada no início da próxima semana.
Adesão
O governo avalia que o desgaste já está muito grande, já se perdeu o controle das manifestações e, diante do apoio de boa parte da população, não vale a pena continuar a esticar a corda. Também se considera que a imprensa está a favor dos bombeiros.
Na última terça-feira, 07, o governo já sinalizava, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), com um pedido de diálogo aos bombeiros. O governo se empenhou em tentar neutralizar o movimento. O secretário de Governo, Wilson Carlos, telefonou pessoalmente para deputados da base, pedindo ajuda até a deputados do baixo escalão. O presidente da Alerj, Paulo Melo, fez o mesmo.
Por falta de planejamento e coordenação política, como reconhecem até deputados da base, o movimento teve resultado oposto. O debate serviu mais como palanque da oposição, que atacou o governador Sérgio Cabral e os parlamentares governistas.
Reconhecendo a derrota da véspera, nesta quarta-feira, 08, os governistas desta vez derrubaram a sessão, por considerar que serviria mais uma vez apenas como palanque para a oposição atacar o governo.

(*) Informações IG

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