sábado, 4 de junho de 2011

Familiares denunciam que bombeiros presos estão sem água e comida

Bombeiros presos no Rio serão autuados em quatro artigos
Rio de Janeiro, Brasil – Os bombeiros presos por equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e da Tropa de Choque na manhã de hoje, 04 [foto], após a invasão ao Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio, estariam sofrendo maus tratos na Corregedoria da Polícia Militar em São Gonçalo, para onde foram encaminhados, de acordo com familiares e integrantes da comissão de direitos humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Rio de Janeiro (OAB-RJ).
Cristiane Dionísio, esposa do cabo André Luiz, um dos presos, afirmou que vários estariam ainda impedidos de sair dos ônibus que os transportaram pela manhã. "Eles estão sem água e comida desde a manhã. Somente os líderes do movimento foram levados para salas. Os demais estão confinados nos ônibus em uma situação indigna", afirmou. Ela conseguiu contato com outros militares detidos através de celulares, mas informa que a comunicação é precária. "Alguns familiares conseguiram um pouco de água e comida para eles. Me informaram também que um promotor, com pena, teria comprado pão e mortadela", ressaltou.
Contradição
De acordo com a instituição, os presos serão encaminhados para as unidades militares do Corpo de Bombeiros. A PM informou ainda que os bombeiros, enquanto aguardavam transferência para as unidades, receberam alimentação nas instalações da Corregedoria da PM [foto], em São Gonçalo, na região metropolitana, para onde foram encaminhados após serem presos.
Responsabilização
Os bombeiros presos serão autuados em quatro artigos do Código Penal Militar. Segundo informações da Polícia Militar (PM), os artigos são: motim, dano em viatura, dano às instalações e por dificultar e impedir saída de viaturas ou veículos para socorro e salvamento.
Acompanhamento
A PM informou ainda que os bombeiros estão prestando depoimento desde o início desta noite e receberam assistência jurídica oferecida pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública e pela Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Reivindicação
Durante a tarde de hoje, a Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio (CET-Rio) informou congestionamento de trânsito na Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, zona Oeste do Rio, devido a uma manifestação de bombeiros que fechou o viaduto Alim Pedro, no Centro de Campo Grande, para reivindicar melhores condições salariais e de trabalho.

(*) Com informações Jornal do Brasil e Agência Estado

Um comentário:

  1. sinceramente, indignação, intolerância são as palavras que relatam as fotos.
    O que mudou? Que caminho a Seguir?

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