segunda-feira, 13 de junho de 2011

Embaixador brasileiro em Roma nega mudanças em relações

Dois dias após libertação de Battisti, Roma convocou seu embaixador no Brasil para consultas

Roma, Itália – O embaixador brasileiro na Itália, José
Viegas Filho [foto], afirmou hoje, 13, que o caso do ex-ativista Cesare Battisti não vai alterar a relação entre Roma e Brasília.
"As relações entre os dois países são profundas e tradicionais, e sempre será assim", comentou o diplomata, dizendo estar "seguro" de que a libertação de Battisti "não poderá danificar estas relações".
Viegas Filho fez as declarações durante uma conferência organizada pelo Instituto de Relações Internacionais e pelo European Council on Foreign Relations.
Na última semana, o Supremo Tribunal Federal (STF)
decidiu, por seis votos a três, validar o gesto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não extraditar Battisti [foto] à Itália.
O ex-militante foi condenado a prisão perpétua na Itália, seu país natal, por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).
Preso no Brasil em 2007, dois anos depois ele recebeu o status de refugiado político pelo então ministro da Justiça, Tarso Genro, o que impediu sua extradição.
O STF chegou a analisar o caso na época e decidiu que a palavra final sobre a extradição deveria ser do presidente. Com isso, em seu último dia de mandato, Lula decidiu manter o italiano no Brasil.
A decisão foi questionada pelos advogados do Estado italiano, que alegaram que o ex-presidente desrespeitou os tratados bilaterais. Mas, na última semana, o STF validou o gesto de Lula e também determinou a libertação de Battisti, que estava em prisão preventiva.
Dois dias após a validação do STF, Roma convocou para consultas seu embaixador no Brasil, Gherardo La Francesca.

(*) Com informação DCI

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