Se aprovado, pré-candidato garantiu que trabalhará para aprovar
a proposta de Reforma da Previdência enviada por Temer ao Congresso
O pré-candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique
Meirelles, participou na tarde de ontem, 12, de sabatina com jornalistas de
ISTOÉ e ISTOÉ Dinheiro. O ex-ministro da Fazenda aparece com média de 1% nas
pesquisas de opinião.
No início da
entrevista, Meirelles afirmou que não abre mão de sua candidatura. “Podemos
buscar alianças para uma convergência do centro político. Mas sempre com
liderança de nossa candidatura, com o MDB na cabeça da chapa”, disse o
pré-candidato. Segundo ele, o MDB é um partido forte, com estrutura nacional e
seria o cabeça de chapa natural do centro.
Meirelles
evitou o rótulo de candidato do presidente Michel Temer. “Gostaria que o Temer
votasse em mim, como gostaria de votos de outras pessoas”, disse. Ele afirmou,
no entanto, que defenderá o governo Temer. “Defenderei sim a política
econômica, a reforma trabalhista e outras realizações do governo”, afirmou
Meirelles.
Economia
Meirelles
defendeu a política econômica e atribuiu a piora recente de desempenho a outros
candidatos. “Alguns candidatos de esquerda e direita têm propostas que assustam
o mercado e os consumidores. Isso prejudica a economia do País”, afirmou. Ele
citou nominalmente Ciro Gomes e Jair Bolsonaro como candidatos com proposta que
“desestabilizariam o país”.
Meirelles
disse ainda ser contra a privatização da Petrobras. “Precisamos lembrar que a
Petrobras é uma empresa monopolista. E uma privatização pura e simples criaria
um monopólio privado no País, o que é errado”. O pré-candidato afirmou que seu projeto
é que a Petrobras tenha mais capital privado, captado no mercado financeiro,
além de maior concorrência.
Ainda sobre economia, o ex-ministro da Fazenda defendeu que uma
maior atuação dos bancos públicos pode ajudar na queda dos juros para o consumidor
final. Ele falou também que estimulará as “fintechs”,
“startups” de tecnologia que podem
atuar como auxiliares no sistema de crédito ao consumidor.
Reforma da Previdência
Segundo
Meirelles, o atual sistema de Previdência funciona como um grande mecanismo de
transferência de renda. “O sistema atual é injusto e transfere renda dos
trabalhadores privados para trabalhadores públicos de maior renda”. O
pré-candidato disse que, se eleito, trabalhará para aprovar a proposta enviada
pelo governo Temer no início do ano. “Essa proposta sofreu algumas modificações
no Congresso, mas ainda pode ser aprovada”, disse.
Questões
Sociais
Meirelles
afirmou que, caso eleito, manterá os programas Bolsa Família e Minha Casa Minha
Vida. Disse também que apoiará os refugiados da Venezuela que têm chegado a
Roraima nos últimos meses.
Sobre temas
polêmicos, o candidato disse ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo
sexo. “É uma questão individual”. Ele afirmou ser contra a redução da
maioridade penal. “Não adianta superlotar ainda mais os já lotados presídios
brasileiros”, afirmou.
Em relação à descriminalização das drogas, Meirelles defendeu a
liberação da maconha, com alguns mecanismos de controle do Estado. Mas se
mostrou contra qualquer flexibilização em relação a drogas mais pesadas, como a
cocaína. “Dentre restrições de tráfego e incentivo. Tem que ser restringido,
mas não podemos criminalizar o consumidor. Agora cocaína, não. Essa até o
consumo tem que ser criminalizado.”
Assista à íntegra da sabatina com Henrique
Meirelles através do endereço https://www.facebook.com/revistaISTOE/videos/2045672728777610/?t=4.
Fonte
e fotos:
IstoÉ
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