Na última terça-feira, 11 pessoas morreram no choque entre dois trens e um ônibusBuenos Aires, Argentina – Dois dias depois do choque de trens e um ônibus [foto acima], que deixou 11 mortos e quase 230 feridos na Argentina, um novo acidente envolvendo trem ocorreu nesta quinta-feira, 15, no bairro de Flores, em Buenos Aires.
Hoje, pelo menos 90 pessoas ficaram feridas, no choque entre um caminhão, um ônibus e um pequeno trem.
As autoridades informaram que não houve mortos. Segundo elas, o acidente ocorreu quando uma caminhão-betoneira foi atingido por um ônibus [foto ao lado]. O trem não conseguiu frear e se chocou com o ônibus.
Na terça-feira, 13, dois trens e um ônibus se chocaram em uma passagem de nível do bairro de Flores, ao Sudoeste da capital argentina. A colisão foi considerada uma das mais graves dos últimos anos, segundo afirmaram fontes policiais e de saúde.
Onze pessoas morreram e 228 ficaram feridas. A maioria das vítimas fatais viajava no ônibus, entre elas o motorista do veículo.
Hoje, 15, foram divulgadas, no Youtube, novas imagens do acidente da última terça-feira. [clique no link para assistir ao vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=bhzdgAACMg0&feature=player_embedded]
O acidente ocorreu na linha Sarmiento de trens, que une a estação Once, no Centro de Buenos Aires, com a povoada periferia Oeste, e transporta cerca de 130 milhões de passageiros por ano, segundo a empresa que os administra.
O incidente aconteceu pouco antes das 07h, horário local e também de Brasília, justamente quando milhares de pessoas utilizam o transporte público para iniciar o dia de trabalho.
Investigações
A tragédia ocorrida na terça-feira passada também foi apontada pela imprensa local como "um dos piores acidentes de trânsito da história argentina".
As autoridades ainda apuram de quem é a responsabilidade pelo acidente. Segundo as imagens registradas no local, umônibus, que avançou o sinal vermelho, foi colhido e arrastado por um trem, que acabou batendo em outro trem que trafegava no sentido contrário e nos trilhos opostos.
"Pego esse ônibus, da linha 92, todos os dias. Por sorte, eu não estava lá (na hora da colisão de terça). Mas todos os dias é a mesma coisa. O sinal demora demais a abrir e deixa a impressão de que não funciona. E muitos passageiros começam a pedir que o motorista avance. Pra mim, era uma tragédia anunciada", disse, à BBC Brasil, a passageira Mercedes, que é empregada doméstica no bairro nobre da Recoleta.
As imagens na estação de trem estão sendo analisadas pela polícia para definir as responsabilidades da tragédia.
Soledad, mulher do motorista do ônibus, Filiberto Gallardo, morto no acidente, disse que o marido era "prudente" e que ele já tinha comentado que "a barreira era lenta" e que "às vezes o trem estava longe e ela não subia". Nesses casos, algum passageiro tinha que descer do ônibus para levantá-la.Um porta-voz da empresa de trens TBA repetiu, várias vezes, que o motorista do ônibus avançou o sinal de maneira equivocada. "A luz estava vermelha, o alarme disparava e a barreira funcionava, mas se estava quebrada a Polícia Metropolitana de Buenos Aires deveria ter nos avisado. Vamos esperar as investigações", disse Gustavo Gago, da TBA, à rádio Diez.
O secretário de Justiça e Segurança do governo da cidade de Buenos Aires, Guillermo Montenegro, disse que "responsabilizar a Polícia Metropolitana é ridicularizar um acidente grave".
A troca de acusações envolveu ainda o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, que afirmou que o governo nacional deveria evitar o "desperdício de recursos" para "investir nas obras necessárias" nas linhas férreas, administradas pelo governo central.
O ministro de Planejamento Federal, Julio de Vido, respondeu dizendo que as declarações de Macri eram "mesquinhas" e que o governo está realizando os investimentos.
(*) Com informação JB, Terra, Rádio Diez e BBC
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