'Imposto Buffet' seria cobrado de quem ganha mais de US$ 1 milhão anuais. Taxação faz parte de pacote que será apresentado ao CongressoWashington, EUA – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve propor, amanhã, 19, a elevação de impostos para os estadunidenses com renda superior a US$ 1 milhão anuais, de acordo com reportagem de hoje, 18, do jornal "The New York Times".
O imposto – apelidado de "imposto Buffett" – faz parte de um pacote para o corte do déficit das contas públicas dos EUA, que será apresentado ao supercomitê de orçamento do Congresso.
O bilionário investidor Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo, defendeu a elevação de impostos para os mais ricos, afirmando que a medida não afetará os investimentos nem os empregos. "Enquanto os pobres e a classe média combatem por nós no Afeganistão e enquanto muitos americanos lutam para chegar ao fim do mês, nós, os mega-ricos, continuamos nos beneficiando com isenções fiscais extraordinárias", afirmou ele.
Buffet explicou que os impostos que pagou ao estado federal representaram 17,4% de seus ganhos no ano passado, enquanto o das 20 pessoas que trabalham em seu escritório oscilou entre 33 e 41%.
A taxa de impostos dos ricos era muito mais elevada nos anos 1980 e 1990 e, no entanto, foram criados quase 40 milhões de empregos entre 1980 e 2000, recorda Buffett. "Vocês sabem o que aconteceu depois: impostos mais baixos e muito menos empregos criados". "As pessoas investem para ganhar dinheiro e uma potencial taxação jamais às fez fugir", completou.
Supercomitê de orçamento
Em agosto, o Congresso dos EUA aprovou um acordo para elevar o limite da dívida do governo federal do país e evitar um default (calote). A elevação do teto da dívida permitiria ao país pegar novos empréstimos e cumprir com pagamentos obrigatórios. Em maio, a dívida pública do país chegou a US$ 14,3 trilhões (cerca de R$ 22,2 trilhões), que é o valor máximo estabelecido por lei. Nos EUA, a responsabilidade de fixar o teto da dívida federal é do Congresso.
Parte do plano aprovado prevê a formação de um comitê formado por republicanos e democratas no Congresso para definir, até 23 de novembro, uma “segunda rodada” de cortes, entre US$ 1,2 trilhão e US$ 1,5 trilhão, que devem ser votados até 23 de dezembro.
O tamanho do corte aprovado será equivalente à elevação no teto da dívida que será então permitida. Se o corte aprovado for menor que US$ 1,2 trilhão, ou se o Congresso não chegar a um acordo, o teto da dívida será elevado em US$ 1,2 trilhão.
(*) Com informação G1 e Correio 24Horas
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