terça-feira, 7 de junho de 2011

STJ quer explicações sobre prisão de bombeiros

Deputado federal do PR entrou com pedido de liberdade para os militares
Rio de Janeiro, Brasil – O desembargador convocado Haroldo Rodrigues, da Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), solicitou hoje, 07, ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) [foto], informações sobre as
prisões dos 439 bombeiros acusados de terem invadido o Quartel Central da corporação na noite da última sexta-feira, 03.
Relaxamento
O deputado federal Fernando Francischini (PSDB/PR) entrou no órgão com pedido de liberdade para os militares, que estão detidos em um quartel em Niterói/RJ.
Segundo o STJ, o pedido só deverá ser apreciado após a prestação das informações pelo governador. O deputado alega que há risco de lesão irreparável aos bombeiros na manutenção da prisão porque eles poderão ser transferidos para o complexo prisional de Bangu e outros estabelecimentos onde estão presos criminosos comuns, militares processados por envolvimento com o tráfico e milícias. Por isso, Francischini pede o relaxamento da prisão de todos os bombeiros.
Argumentação
Para o parlamentar, a manutenção da prisão atentaria contra a dignidade tanto dos bombeiros presos quanto da população fluminense e colocaria em risco a dignidade institucional do Estado. O ato seria ilegal por violar o direito a liberdade de expressão dos bombeiros.
Além disso, na visão do deputado, a justificativa do governador para a prisão careceria de justa causa: a irresponsabilidade dos bombeiros não constituiria crime passível de prisão e a suposta destruição de patrimônio público não poderia ser atribuída à massa de manifestantes, sem individualização das condutas.
Fernando Francischini [foto], que também é delegado da
Polícia Federal, afirma que os bombeiros ocuparam o pátio interno do quartel onde foram presos após caminhada pacífica e apenas para fins de aquartelamento. Sustenta o parlamentar que o governador não exauriu as negociações e determinou a invasão do quartel de forma “açodada”.
Por fim, o parlamentar enfatiza que o ato seria inválido, porque os motivos determinantes reais seriam incompatíveis com a fundamentação expedida e porque sua finalidade seria alheia ao interesse público, desviado do fim legal.
Manutenção
Líderes do movimento grevista dos bombeiros que continuam acampados em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) disseram hoje, 07, que não vão negociar com o novo comandante da corporação, coronel Sérgio Simões, enquanto os 439 militares presos não forem soltos.
Ontem, 06, Simões anunciou estar disposto a receber os líderes com as reivindicações, para que ele mesmo possa fazer a negociação com o governo do Estado. Segundo um dos líderes da manifestação, sargento Paulo Edson, não há o que apresentar ao comandante.
Além da liberdade para os colegas presos, os bombeiros querem também o aumento do piso líquido de soldado de R$ 950 para R$ 2 mil.

(*) Com informações IG

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