Em 2003, um atentado contra a ONU deixou 23 mortos em Bagdá, entre eles o brasileiro Sérgio Vieira de MelloLondres, Inglaterra – Por meio de uma ligação telefônica à "BBC", conforme informado pela emissora pública britânica, o grupo islâmico radical Boko Haram reivindicou a autoria do atentado contra a sede da ONU em Abuja, capital da Nigéria, ocorrido nas primeiras horas da manha desta sexta-feira, 26.
Um homem que se identificou como porta-voz do grupo, que pretende instaurar a sharia (lei islâmica) na Nigéria, reivindicou a responsabilidade do ataque contra o edifício da ONU, que causou pelo menos 18 mortes e pode ter sido perpetrado por um terrorista suicida.
Fontes da ONU na Nigéria disseram à "BBC" que no último mês havia sido intensificada a segurança em todos os edifícios das Nações Unidas na Nigéria, após terem sido recebidas informações de que podiam ser alvo de atentados terroristas do grupo Boko Haram.
Segundo a Polícia nigeriana, o número de 18 mortos causados pela explosão é provisório, visto que prosseguem os trabalhos de resgate e esse número pode aumentar.
Já a embaixadora da Nigéria na ONU, U. Joy Ogwu, disse que o atentado contra a sede das Nações Unidas responde a "um padrão" já visto em outras ações terroristas contra a organização internacional.
Em entrevista coletiva concedida na sede central das Nações Unidas em Nova York, Ogwu condenou em nome de seu governo o "atroz" atentado "contra a população civil e contra a ONU".
Cerca de 400 funcionários trabalhavam no prédio. A movimentação ainda é intensa no local. Bombeiros e policiais removem os escombros à procura de sobreviventes.
Segundo uma testemunha, a explosão aconteceu depois que um carro suspeito entrou pela porta principal do edifício, que fica na zona diplomática da capital nigeriana, perto da embaixada americana.
Testemunhas observaram a retirada de vários feridos do prédio da ONU. Um policial, que pediu anonimato, afirmou que o ataque provocou várias mortes.
"Parece um atentado suicida", disse o policial. "Um homem chegou em um carro, forçou a entrada e avançou contra o prédio", completou o agente.
Um funcionário da ONU afirmou que várias pessoas ficaram presas dentro do edifício. "Não sei o que está acontecendo. Muitas pessoas ainda estão presas no edifício. Precisamos de uma grua para retirar as pessoas", disse o funcionário, que pediu para não ser identificado.
Em 19 de agosto de 2003, um atentado contra a ONU deixou 23 mortos em Bagdá, entre eles o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que estava no Iraque como representante especial do então secretário-geral da organização, Kofi Annan.
(*) Com informação BBC, AFP, Reuters, AP, Efe, JB, iG e Terra
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