PM’s que confessaram ter alvejado ônibus foram indiciados por lesão corporal culposa. Caso um dos baleados morra, eles podem ser enquadrados no crime de homicídio culposo.Rio de Janeiro, RJ – A Polícia Civil já realizou a perícia complementar no ônibus que foi sequestrado por quatro criminosos no Centro do Rio de Janeiro. Os peritos identificaram 16 marcas de tiros no veículo, que está no pátio da delegacia da Cidade Nova, responsável pela investigação do caso.
A perícia começou ainda na noite do sequestro, na terça-feira, 09, mas, como estava muito escuro, o trabalho foi interrompido. Os peritos querem saber de onde partiram os disparos e entender a dinâmica do tiroteio durante o sequestro do ônibus.
As armas dos policiais que atuaram no caso já foramapreendidas. Cinco pessoas – três passageiros, um policial e um sequestrador – ficaram feridas. Os três passageiros (duas mulheres e um homem) continuam internados no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Uma das mulheres foi baleada no tórax e está em estado grave.
Até o momento, três suspeitos foram presos, inclusive um que foi baleado e procurou atendimento em um hospital particular em Copacabana, na zona Sul da cidade. Um quarto suspeito foi reconhecido por testemunhas no catálogo de fotos da Polícia Civil e já teve o mandado de prisão preventiva expedido. Desde a madrugada, 35 pessoas, entre passageiros, testemunhas e policiais prestaram depoimentos.
A mãe de um dos suspeitos, que não quis se identificar com medo de sofrer represálias no trabalho, disse que o filho, Renato da Costa Júnior, já foi preso duas vezes por tráfico de drogas. A mulher foi à delegacia da Cidade Nova ver o filho. “Perdi meu chão. Parece que meu mundo se abriu, é um tsunami”, desabafou.
PM’s que atiraram em ônibus são indiciados
A dupla de PM’s que confessou ter alvejado o ônibus da Viação Jurema, sequestrado na última terça-feira, 09, em plena Avenida Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, foi indiciada por lesão corporal culposa, conforme informado hoje, 11, pela delegada-adjunta da 6ª DP (Cidade Nova), Sânia Cardoso. Na hipótese de um dos baleados no eventovir a falecer, eles podem ser enquadrados no crime de homicídio culposo. A identidade dos policiais não foi divulgada.
Com base em denúncias, a polícia realiza diligências em busca de Clerivan da Silva Mesquita, o quarto acusado de envolvimento no sequestro. O resultado conclusivo da perícia realizada na carcaça do ônibus também era aguardado para hoje.
O sequestro do ônibus que faz a linha Praça XV/Duque de Caxias durou cerca de uma hora e terminou por volta das 21h30 de terça-feira. Seis pessoas foram baleadas: duas passageiras, um homem que estava dentro de um veículo que passava pelo local, outro homem atingido de raspão na perna e um policial ferido na perna. Uma das mulheres está em estado grave.
Onze reféns saíram ilesos na operação. O comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, disse que tudo foi resolvido de uma forma muito rápida.
(*) Com informação AB e JB
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