Senadores realizaram sessão deliberativa remota na tarde desta segunda-feira, 30. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado) |
Duas pessoas da mesma família podem acumular
benefícios e mães chefes de família podem receber duas cotas do auxílio, R$ 1.200
Os senadores aprovaram, na
tarde desta segunda-feira, 30, por unanimidade, em sessão deliberativa remota –
quando não há a presença em plenário – o pagamento de um auxílio emergencial de
R$ 600 para trabalhadores informais durante a crise decorrente da SARS-CoV-2, o
Novo Coronavírus (Covid-19). O auxílio será pago por três meses por intermédio
dos bancos públicos federais. O PL 1066/2020, também apelidado de
“coronavoucher” ou “PL da renda mínima”, foi aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados.
Logo após a aprovação da
matéria, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), publicou
mensagem em uma rede social solicitando ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a sanção
imediata do projeto. Alcolumbre está em isolamento domiciliar em razão do
diagnóstico por Covid-19.
Em nome dos brasileiros que passam dificuldades
financeiras neste momento de pandemia do Covid-19, solicito ao presidente da
República @jairbolsonaro a sanção imediata do projeto de lei, que garante auxílio
de R$600 aos trabalhadores autônomos, aprovado há pouco pelo @SenadoFederal
— Davi
Alcolumbre (@davialcolumbre) March 30, 2020
Inicialmente o governo propôs uma ajuda de R$ 200. Diante da
movimentação dos deputados, que articulavam a aprovação de um benefício de R$
500, o governo cedeu e fechou com a Câmara um acordo para triplicar o valor
inicial.
De
acordo com o projeto, duas pessoas de uma mesma família poderão acumular
benefícios. O auxílio emergencial substituirá o benefício do Bolsa Família nas
situações em que for mais vantajoso. Nesse caso, a substituição será feita
automaticamente. Para as mães que são chefe de família (família monoparental),
o projeto permite o recebimento de duas cotas do auxílio, totalizando R$ 1,2
mil.
Estima-se
que mais de 30 milhões de pagamentos mensais serão feitos nos moldes da
proposta nos cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI). O impacto
fiscal estimado é de cerca de R$ 60 bilhões em 2020.
Por
acordo fechado pelos líderes partidários, o texto da Câmara foi mantido para
evitar que a proposta voltasse para análise dos deputados e pudesse seguir
diretamente para sanção do presidente Bolsonaro. O relator, senador Alessandro
Vieira (Cidadania-SE), fez apenas ajustes redacionais no
texto.
As
mudanças propostas serão incorporadas em outro projeto de lei sob consolidação
do senador Espiridião Amin
(PP-SC). Os senadores querem incluir outros grupos entre
os beneficiários. Entre eles, pescadores e motoristas de aplicativos, vans
escolares e taxistas. A versão final, de Amin, deve ser apresentada nesta
terça-feira, 31. “Essas pessoas não estão conseguindo trabalhar e precisam se
alimentar e alimentar suas famílias”, justifica o líder do PSL, Major Olimpio
(SP), autor da emenda que inclui trabalhadores do
transporte.
Merenda
Escolar
Mais
cedo, os senadores haviam aprovado, em votação simbólica, o projeto que
autoriza a distribuição de merenda escolar para alunos de escola pública que tiveram
as aulas suspensas por conta da pandemia de Covid-19. O texto também foi aprovado pela Câmara
dos Deputados na semana passada.
Relatado
pelo senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL),
o PL 786/2020 era matéria de consenso entre os senadores e
recebeu apenas uma emenda de redação. Como não sofreu alterações no Senado, não
precisará retornar para análise da Câmara e será remetido à sanção
presidencial.
Fonte: Congresso em Foco
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.