(Foto: Francois Lenoir/Reuters) |
As medidas acompanham a expansão da doença pelo
continente: a OMS anunciou hoje que a Europa é o epicentro da pandemia global
Dinamarca, Polônia e Chipre anunciaram que fecharão suas
fronteiras a todos os estrangeiros, elevando a sete o número de países que
adotaram o isolamento extremo como forma de combater a pandemia de coronavírus.
Itália e Eslováquia estão em
quarentena, com restrições a mobilidade mesmo dentro do país, e República
Tcheca e Ucrânia já haviam tomado a medida mais cedo.
As
medidas acompanham a expansão da doença pelo continente: a OMS anunciou hoje
que é a Europa, e não mais a Ásia, o epicentro da pandemia global.
A
Suíça também endureceu a passagem na fronteira com a Itália, permitindo a
passagem apenas de cidadãos suíços.
A
restrição dinamarquesa deve durar um mês a partir deste sábado, 14, segundo o
primeiro-ministro Mette Frederiksen. O Exército será responsável pelo
patrulhamento, e apenas cidadãos dinamarqueses poderão passar, além de comida,
medicamentos e insumos para a indústria.
A
restrição, que vale para aeroportos, portos, estradas e ferrovias, interrompe o
livre trânsito entre os países da zona Schengen, da qual a Dinamarca é parte.
As
regras da Schengen admitem a implantação temporária de controles em casos
excepcionais, como ataques terroristas, por exemplo.
O
governo polonês anunciou o fechamento por dez dias também a partir de sábado,
14. Além de proibir a entrada de estrangeiros, a Polônia determinou que todo
cidadão que entrar no país deverá ficar em quarentena por 14 dias. Também foram
fechados shopping centers, restaurantes e bares, que poderão fazer vendas pela
internet, e eventos de mais de 50 pessoas, proibidos.
Noruega,
Malta e Bósnia decretaram que qualquer pessoa que entre no país terá que ficar
em quarentena por 14 dias, o que também inibe a chegada de estrangeiros.
A
maioria dos países suspendeu as aulas em todo o território. Entre os maiores,
só o Reino Unido mantinha, na sexta-feira, 13, as escolas abertas.
Estado de Emergência
O
governo espanhol anunciou estado de emergência de 15 dias, o que permite ao
governo limitar a circulação de pessoas temporariamente. Polônia, República
Tcheca, Estônia e Letônia já haviam feito o mesmo nos últimos dias.
O
comunicado foi feito pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, em cadeia de TV na
manhã de sexta-feira, 13. "Poderemos mobilizar ao máximo os recursos
contra o vírus, mas a vitória sobre ele depende de cada um de nós. Heroísmo é
também lavar as mãos e ficar em casa, para parar o vírus, com responsabilidade
e unidade", disse Sánchez no pronunciamento.
Foi
a segunda vez na história democrática do país que o estado de emergência foi
instaurado. A primeira foi para encerrar uma greve de controladores aéreos
civis, em 2010.
Diferentemente
dos estados de exceção ou de sítio, o de emergência não afeta direitos como
liberdade de manifestação ou de imprensa, mas permite limitar circulação ou
permanência de pessoas e veículos, requisitar bens e serviços temporários,
ocupar temporariamente empresas, impor racionamentos e outras medidas para
garantir o fornecimento de produtos essenciais.
Para
ser decretado oficialmente, o estado de sítio precisa ser aprovado pelo
conselho de ministros. Segundo o jornal espanhol El País, durante o
pronunciamento de Sánchez na TV as estradas ficaram congestionadas com pessoas
tentando deixar Madri antes que a medida passe a valer.
Em
Madrid, o governo regional fechou todas as lojas a partir de sábado, com
exceção de farmácias e mercados.
Fonte: FOLHAPRESS/Portal Notícias Ao Minuto
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