O presidente dos EUA, Donald Trump, em pronunciamento ao seu país. (Foto: AFP) |
Já no
Brasil, documento do MS sugere a gestores do SUS e secretários estaduais adoção
de medidas que já estão em vigor
O presidente estadunidense
Donald Trump estendeu o período de distanciamento social até o dia 30 de abril.
A decisão foi anunciada neste domingo, 29, durante coletiva na Casa Branca. O
governo federal dos EUA pede que a população siga a medida para evitar o avanço
da SARS-CoV-2, o Novo Coronavírus (Covid-19). Trump tinha a expectativa de “abrir”
o país até a Páscoa. A Covid-19 deve alcançar o pico no país em duas semanas,
quando o número de mortes deve começar a diminuir.
O diretor do Instituto
Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci, que faz
parte da força-tarefa do governo contra o coronavírus, afirmou que a decisão é “sábia
e prudente”. Ao lado de Trump na coletiva de imprensa, ele reafirmou que o
número de mortes por coronavírus nos EUA poderia alcançar 200 mil se não forem
tomadas medidas adequadas para conter a disseminação do vírus. “O número que eu
dei é baseado em modelos”, reforçou Fauci. Segundo o especialista, os esforços
de distanciamento social em andamento no país “estão tendo um efeito” que ainda
não pode ser quantificado.
A médica Deborah Birx, que
também é membro da força-tarefa estadunidense contra a Covid-19, disse que
continuar com o distanciamento social é “um grande sacrifício para todo mundo”,
mas salvará “centenas de milhares de vidas”.
No Brasil
Em um documento enviado a
gestores do SUS e secretários estaduais da área, técnicos do Ministério da
Saúde (MS) destacam a necessidade de implementação de um plano de quarentena
contra o coronavírus no Brasil.
No documento, obtido pelo
jornal O Estado de S. Paulo, eles sugerem uma orientação do governo federal
para que, na semana de 6 de abril, escolas e universidades possam ser fechadas
até o fim do mês, com uma atualização do cenário em 20 de abril.
Apesar de estados e municípios
já terem adotado essas restrições na área de educação, o governo federal não
determinou a paralisação desses serviços, o que poderia vir a ser feito agora.
Os técnicos sugerem ainda distanciamento social no ambiente de trabalho e
proibição de eventos com aglomeração, como jogos de futebol. Medidas mais
restritivas seriam adotadas em abril, maio e junho.
No plano de ação da
quarentena, a ser executado nos próximos três meses, além da restrição às
aglomerações, há a previsão da contratação de trabalhadores informais, como
promotores de saúde, durante a resposta à Covid-19. A ideia é que eles orientem
as pessoas na rua, identifiquem idosos que estão fora do isolamento para
enviá-los para casa, além de atuarem na limpeza de superfícies.
Fonte: Portal Estadão
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