Neste ano, vacina ajudará ainda a evitar que sintomas da gripe sejam confundidos com os da COVID-19. (Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press) |
Situação
não é prerrogativa local, muitos municípios da região e, também, de outros
estados, registraram o mesmo dilema
O município de Poços de
Caldas, no Sul de Minas Gerais, viveu dia atípico de combate à gripe na última segunda-feira,
23, primeiro dia da Campanha de Vacinação Contra a Influenza. Em pouco mais de
4h de aplicação das doses, o antídoto se esgotou nos 25 postos de atendimento
espalhados pelo município.
Em pouco mais de 4h estoques da vacina foram esgotadas no primeiro dia da Campanha. (Foto: Gil Leonardi) |
Das 7.730 doses vindas da
Secretaria Estadual de Saúde (SES), através da Regional de Saúde de Pouso
Alegre, pouco mais 5.200 foram aplicadas neste primeiro dia e esgotaram o
estoque, já que as demais doses – cerca de 1.400 – foram destinadas aos
profissionais em saúde, também atendidos nesta primeira etapa, além de mil
doses reservadas para o primeiro dia do “drive thru”, que aconteceu na
terça-feira, 24, além das doses destinadas aos atendidos pelo Programa DSTAIDS.
Essa situação foi uma
prerrogativa de Poços de Caldas, certo? Não, errado. Muitos municípios da
região registraram o mesmo problema e, não diferente, de muitos outros
municípios de vários estados brasileiros.
A questão cultural no Brasil é
de que não há necessidade de correr porque o evento/campanha vai até tal dia,
então, dá tempo, e tudo fica para o último dia, quando acontece a enxurrada e as
sobrecargas.
Os “velhinhos” erraram? Não,
em tempos de pandemia do Novo Coonavírus, todo cuidado é pouco e, em início de
uma campanha que visa imunizar esse público, a correria foi “sui generis”
em um país onde a cultura sempre foi a de que “o brasileiro deixa tudo para a
última hora”.
Desta vez o que se
viu foi a questão cultural às avessas.
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