quinta-feira, 26 de março de 2020

POÇOS DE CALDAS VIVE QUESTÃO CULTURAL ÀS AVESSAS

Neste ano, vacina ajudará ainda a evitar que sintomas da gripe sejam
confundidos com os da COVID-19
(Foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Situação não é prerrogativa local, muitos municípios da região e, também, de outros estados, registraram o mesmo dilema
O município de Poços de Caldas, no Sul de Minas Gerais, viveu dia atípico de combate à gripe na última segunda-feira, 23, primeiro dia da Campanha de Vacinação Contra a Influenza. Em pouco mais de 4h de aplicação das doses, o antídoto se esgotou nos 25 postos de atendimento espalhados pelo município.
Em pouco mais de 4h estoques da vacina foram
esgotadas no primeiro dia da Campanha.
(
Foto: Gil Leonardi)
Das 7.730 doses vindas da Secretaria Estadual de Saúde (SES), através da Regional de Saúde de Pouso Alegre, pouco mais 5.200 foram aplicadas neste primeiro dia e esgotaram o estoque, já que as demais doses – cerca de 1.400 – foram destinadas aos profissionais em saúde, também atendidos nesta primeira etapa, além de mil doses reservadas para o primeiro dia do “drive thru”, que aconteceu na terça-feira, 24, além das doses destinadas aos atendidos pelo Programa DSTAIDS.
Essa situação foi uma prerrogativa de Poços de Caldas, certo? Não, errado. Muitos municípios da região registraram o mesmo problema e, não diferente, de muitos outros municípios de vários estados brasileiros.
A questão cultural no Brasil é de que não há necessidade de correr porque o evento/campanha vai até tal dia, então, dá tempo, e tudo fica para o último dia, quando acontece a enxurrada e as sobrecargas.
Os “velhinhos” erraram? Não, em tempos de pandemia do Novo Coonavírus, todo cuidado é pouco e, em início de uma campanha que visa imunizar esse público, a correria foi “sui generis” em um país onde a cultura sempre foi a de que “o brasileiro deixa tudo para a última hora”.
Desta vez o que se viu foi a questão cultural às avessas.

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