Números foram atualizados pelo Ministério da Saúde na tarde desta sexta-feira, 27. (Foto: Agência Brasil) |
Já
passam de 26 mil mortos em todo o mundo e, há dois dias, governo Bolsonaro
lançou campanha
publicitária para defender a flexibilização do isolamento
social
O Brasil registrou nesta sexta-feira, 27, em atualização da
plataforma do Ministério
da Saúde, 3.417 casos confirmados da SARS-CoV-2, o Novo Coronavírus (Covid-19).
O número corresponde a 502 novas confirmações em relação à última atualização
de ontem, 26, dos dados da pandemia no país. As mortes pela Covid-19 chegam a
92, com aumento de 15 casos em relação a quinta-feira. O índice de letalidade
está em 2,7%.
O país tem infectados em todas as regiões e Estados. As
unidades da federação mais afetadas pela doença são o estado de São Paulo
(1.223), Rio de Janeiro (493), Ceará (282) e o Distrito Federal (230).
Confira a Distribuição
dos Casos
Por
região
Norte: 145 (4%)
Nordeste: 539 (16%)
Centro-Oeste: 318 (9%)
Sudeste: 1.952 (57%)
Sul: 463 (14%)
Por
Estado
(Imagem: Reprodução Olhar Digital) |
Acre: 25
Alagoas: 11
Amapá: 02
Amazonas: 81
Bahia: 115
Ceará: 282
Distrito Federal: 230
Espírito Santo: 47
Goiás: 49
Maranhão: 13
Mato Grosso: 11
Mato Grosso do Sul: 28
Minas Gerais: 189
Paraná: 119
Paraíba: 09
Pará: 13
Pernambuco: 56
Piauí: 09
Rio Grande do Norte: 28
Rio Grande do Sul: 195
Rio de Janeiro: 493
Rondônia: 06
Roraima: 10
Santa Catarina: 149
Sergipe: 16
São Paulo: 1.223
Tocantins: 08
Enquanto a pandemia avança no
país e Estados adotam medidas de quarentena, o governo federal lançou uma campanha publicitária chamada
"O Brasil não pode parar" para defender a
flexibilização do isolamento social. A iniciativa é parte da estratégia montada
pelo Palácio do Planalto para reforçar a narrativa do governo em relação à
crise envolvendo Novo Coronavírus, e divulga também medidas que o presidente
Jair Bolsonaro considera necessárias para a retomada econômica.
Enquanto pandemia avança, Bolsonaro lança campanha para defender flexibilização do isolamento social. (Foto: Reprodução Estadão) |
A medida vai contra
recomendações médicas, do Ministério
da Saúde e da Organização
Mundial da Saúde (OMS) no combate à propagação da Covid-19.
Especialistas apontam que a quarentena é uma das formas mais eficazes de se
evitar a transmissão. Isso porque o contato com alguém contaminado é a
principal forma de contágio do Novo Coronavírus.
No mundo todo, o número de mortes pelo Covid-19 já ultrapassa
26 mil.
A campanha do governo foi
lançada dois dias depois de Bolsonaro convocar
a rede nacional de TV e rádio na terça-feira, 24, para defender a suspensão de
medidas adotadas na maior parte do país no combate à SARS-CoV-2.
O presidente afirmou que autoridades estaduais e municipais "devem
abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transporte, o fechamento
dos comércios e o confinamento em massa". Também defendeu a reabertura das
escolas, com o argumento de que o risco maior da doença é para idosos e pessoas
com outras comorbidades (outras doenças). O argumento do presidente é de que o
efeito destas restrições na economia do país será a de deixar milhões de
desempregados.
O pronunciamento do
presidente, em que voltou a minimizar a Covid-19, tratando a doença como
"gripezinha" e "resfriadozinho", deixou perplexos a
comunidade médica e até mesmo aliados políticos.
A OMS já alertou que há risco
da doença mesmo entre os jovens. "Vocês não são invencíveis. Esse vírus
pode colocar você no hospital por semanas ou até matar. Mesmo que não fique
doente, as escolhas que faz sobre onde ir podem fazer a diferença sobre a vida
ou a morte de outra pessoa", afirmou, na semana passada, o diretor-geral
do órgão, Tedros Ghebreyesus.
Especialistas também apontam o
risco de um jovem contaminado com o Novo Coronavírus, mesmo que não desenvolva
os sintomas, possa transmitir o vírus para algum parente idoso, como pais e
avós.
Fonte: Portal Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.