sábado, 28 de março de 2020

MINISTÉRIO DA SAÚDE REGISTRA 92 MORTES POR COVID-19 NO BRASIL

Números foram atualizados pelo Ministério da Saúde na tarde
desta sexta-feira, 27. (Foto: Agência Brasil)
Já passam de 26 mil mortos em todo o mundo e, há dois dias, governo Bolsonaro lançou campanha publicitária para defender a flexibilização do isolamento social
O Brasil registrou nesta sexta-feira, 27, em atualização da plataforma do Ministério da Saúde, 3.417 casos confirmados da SARS-CoV-2, o Novo Coronavírus (Covid-19). O número corresponde a 502 novas confirmações em relação à última atualização de ontem, 26, dos dados da pandemia no país. As mortes pela Covid-19 chegam a 92, com aumento de 15 casos em relação a quinta-feira. O índice de letalidade está em 2,7%.
O país tem infectados em todas as regiões e Estados. As unidades da federação mais afetadas pela doença são o estado de São Paulo (1.223), Rio de Janeiro (493), Ceará (282) e o Distrito Federal (230).
Confira a Distribuição dos Casos
Por região
Norte: 145 (4%)
Nordeste: 539 (16%)
Centro-Oeste: 318 (9%)
Sudeste: 1.952 (57%)
Sul: 463 (14%)
Por Estado
(Imagem: Reprodução Olhar Digital)
Acre: 25
Alagoas: 11
Amapá: 02
Amazonas: 81
Bahia: 115
Ceará: 282
Distrito Federal: 230
Espírito Santo: 47
Goiás: 49
Maranhão: 13
Mato Grosso: 11
Mato Grosso do Sul: 28
Minas Gerais: 189
Paraná: 119
Paraíba: 09
Pará: 13
Pernambuco: 56
Piauí: 09
Rio Grande do Norte: 28
Rio Grande do Sul: 195
Rio de Janeiro: 493
Rondônia: 06
Roraima: 10
Santa Catarina: 149
Sergipe: 16
São Paulo: 1.223
Tocantins: 08
Enquanto a pandemia avança no país e Estados adotam medidas de quarentena, o governo federal lançou uma campanha publicitária chamada "O Brasil não pode parar" para defender a flexibilização do isolamento social. A iniciativa é parte da estratégia montada pelo Palácio do Planalto para reforçar a narrativa do governo em relação à crise envolvendo Novo Coronavírus, e divulga também medidas que o presidente Jair Bolsonaro considera necessárias para a retomada econômica.
Enquanto pandemia avança, Bolsonaro lança
campanha 
para defender flexibilização do
isolamento social. (Foto: Reprodução Estadão)
A medida vai contra recomendações médicas, do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate à propagação da Covid-19. Especialistas apontam que a quarentena é uma das formas mais eficazes de se evitar a transmissão. Isso porque o contato com alguém contaminado é a principal forma de contágio do Novo Coronavírus. No mundo todo, o número de mortes pelo Covid-19 já ultrapassa 26 mil.
A campanha do governo foi lançada dois dias depois de Bolsonaro convocar a rede nacional de TV e rádio na terça-feira, 24, para defender a suspensão de medidas adotadas na maior parte do país no combate à SARS-CoV-2. O presidente afirmou que autoridades estaduais e municipais "devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transporte, o fechamento dos comércios e o confinamento em massa". Também defendeu a reabertura das escolas, com o argumento de que o risco maior da doença é para idosos e pessoas com outras comorbidades (outras doenças). O argumento do presidente é de que o efeito destas restrições na economia do país será a de deixar milhões de desempregados.
O pronunciamento do presidente, em que voltou a minimizar a Covid-19, tratando a doença como "gripezinha" e "resfriadozinho", deixou perplexos a comunidade médica e até mesmo aliados políticos.
A OMS já alertou que há risco da doença mesmo entre os jovens. "Vocês não são invencíveis. Esse vírus pode colocar você no hospital por semanas ou até matar. Mesmo que não fique doente, as escolhas que faz sobre onde ir podem fazer a diferença sobre a vida ou a morte de outra pessoa", afirmou, na semana passada, o diretor-geral do órgão, Tedros Ghebreyesus.
Especialistas também apontam o risco de um jovem contaminado com o Novo Coronavírus, mesmo que não desenvolva os sintomas, possa transmitir o vírus para algum parente idoso, como pais e avós.
Fonte: Portal Estadão

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