terça-feira, 31 de maio de 2011

Brasil pode ter dois novos estados

Senado aprovou plebiscito sobre criação dos Estados de Tapajós, que seriam 27 municípios do Oeste do Pará, e de Carajás, com os municípios do Sul e Sudeste do Estado
Brasília, DF – Foi aprovado hoje, 31, no plenário do Senado da República brasileira, a realização de plebiscito para consultar a população do Pará sobre a criação do Estado de Tapajós.
A medida prevê a criação de Tapajós a partir da desintegração de 27 municípios que hoje fazem parte do Oeste do Pará. A matéria, que já havia passado pela Câmara, segue agora para promulgação.
O plebiscito deve ser feito em até seis meses. Na mesma ocasião, os paraenses vão opinar também sobre a criação do Estado de Carajás, que surgiria da divisão das regiões Sul e Sudeste do território paraense.
A votação sobre Carajás foi aprovada no início do mês pela Câmara dos Deputados.
Custos
A divisão do Pará, segundo maior Estado do país em extensão territorial, em três partes pode custar caro aos contribuintes de outras regiões.
De acordo com o pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), Rogério Boueri, caso os dois Estados saiam do papel, a manutenção de Carajás e Tapajós causaria um saldo negativo anual de cerca de R$ 2 bilhões à União.
O economista, responsável por um estudo sobre os custos das unidades federativas brasileiras, observa que alguns detalhes foram “esquecidos” pelos defensores das propostas.
“Esse valor, de R$ 2 bilhões, é o déficit [quando a diferença entre as receitas e as despesas gera um saldo negativo] desses dois novos Estados, sem contar os custos com a construção das novas estruturas de governo, do Legislativo e do Judiciário. E quem vai ficar com a dívida do Pará? E como será dividida a receita? São pontos que precisam ser levados em conta”, enfatiza.
Além de Carajás e Tapajós, o Congresso tem propostas para criar 11 novas unidades, entre Estados e territórios. Se todas as mudanças forem aprovadas, o país passará de 26 para 33 Estados e criará quatro territórios.
(*) Informação Agência Senado e portal R7

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