terça-feira, 31 de maio de 2011

Origem de surto pode não estar nos pepinos espanhóis

Alemanha – A senadora do Governo regional de Hamburgo, Prufer-Storks, especificou que a variante da E.coli isolada nos pacientes não coincide com a variante identificada nos pepinos espanhóis do mercado de Hamburgo.
"Como antes, a fonte (do surto infecioso) ainda não foi identificada", adiantou a senadora. O Instituto de Higiene de Hamburgo está realizando testes em amostras de pepinos, tomates e alfaces recolhidos em mercados, lojas e restaurantes da cidade alemã. O objetivo é encontrar a fonte da infeção e, também, apurar o motivo para a contaminação dos pepinos.
São duas análises num total de quatro, mas a senadora entendeu que "era importante publicar estes resultados, porque a infeção pode ter sido provocada por sujidade".
As declarações de Prufer-Storks sustentam as alegações dos
produtores espanhóis, de Almeria e Málaga. Estes insistem que os pepinos não saíram contaminados da exploração, mas admitem que a contaminação pode ter acontecido durante o transporte ou o armazenamento.
Em Portugal, o presidente da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas (FNOP) considera que dificilmente os casos mortais de contaminação com a bactéria Escherichia coli têm relação com a produção de pepino.
"Estes agentes patogénicos não atacam os vegetais. Não é um produto transformado, é uma verdura que é colhida. Se houvesse algum problema seria por contaminações cruzadas. Por exemplo, através de um armazém, havendo uma contaminação superficial", declarou Domingos dos Santos à Lusa.
O responsável só vê oportunidade para contaminação durante o armazenamento. “Dificilmente terá sido o transporte, que é normalmente refrigerado. (Os legumes) podem não ter estado nas condições de armazenamento adequadas", acrescenta.
Contaminação
Muitas vezes as pessoas têm infeção alimentar por esta bactéria (Escherichia coli) e não são hospitalizadas, além disso, de acordo com especialistas, a grande maioria dos casos tem haver com carne contaminada, considerando se tratar de uma bactéria de origem fecal.
Há, entretanto, cuidados diários de higiene que podem ajudar a prevenir infecções, como uma boa lavagem dos legumes ou frutos para consumo cru, e evitar contaminações cruzadas na cozinha, de alimentos ainda não higienizados com os que serão consumidos crus.
(*) Com informações RTP/Portugal

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