terça-feira, 24 de maio de 2011

Oposição conta com base insatisfeita em cerco contra Palocci

Em minoria na Câmara e no Senado, a oposição aposta na insatisfação de integrantes da base governista para tentar
alcançar o mínimo de assinaturas necessário para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar as denúncias contra o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci (PT) [foto].
As negociações em torno do Código Florestal e a questão referente à liberação de recursos empenhados para obras seriam a porta de entrada para o recolhimento de assinaturas pró-CPMI. "Buscar os insatisfeitos talvez seja uma forma de alcançar as assinaturas necessárias", disse o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).
O líder do PSDB na Casa, Duarte Nogueira (SP), também acredita que o "descontentamento" de parte da base aliada pode auxiliar a oposição. Ele reconhece, contudo, que, na Câmara, o trabalho de convencimento terá de ser "mais intenso". São necessárias 171 assinaturas de deputados e 27 de senadores para a instalação da comissão. No Senado, até agora, foram recolhidas 19 assinaturas. "Nós não geramos falsa expectativa. Temos noção do nosso tamanho no Congresso. Precisaremos buscar assinaturas na base aliada", disse o líder tucano no Senado, Álvaro Dias (PR).
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), já avisou, no entanto, que não haverá CPMI ou convocação ao ministro Palocci. "O ministro Palocci já deu todas as explicações. Não há motivo para crise".
Esclarecimentos
Paralelamente à tentativa de criar uma CPMI, a oposição continuará tentando aprovar um requerimento para que o ministro Palocci preste esclarecimentos aos parlamentares sobre o aumento de seu patrimônio. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o ministro aumentou seu patrimônio em 20 vezes em um período de quatro anos. Só na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara há pelo menos três requerimentos de convocação de Palocci.
A oposição também apresentará mais duas representações no Ministério Público Federal pedindo a apuração da operação financeira que a empresa do ministro teria feito na compra de um imóvel de uma empresa que estava sob investigação policial e que constaria de um relatório enviado pelo Conselho de Atividades Financeiras à Polícia Federal. A oposição também quer que seja investigada uma emenda orçamentária no valor de R$ 250 mil que teria beneficiado uma fundação em Ribeirão Preto.

Fonte: Jornal do Brasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.