O desastre nas usinas nucleares de Fukushima, no Japão, ocorrido no início de março depois de terremoto e tsunami – o maior desastre natural da sociedade moderna – obrigou os países de todo o mundo a reavaliarem suas políticas nucleares e, aos poucos, o abandono da energia nuclear vai sendo manifestada.
A Alemanha irá desativar, até o ano de 2022, todos os seus reatores nucleares em funcionamento. O anúncio acontece na madrugada desta segunda-feira, 30, pelo Ministério do Meio Ambiente daquele país.
Dos 17 reatores existentes na Alemanha, os oito mais antigos já estão parados por decisão do governo e não serão mais reativados, ressaltou o ministro Norbert Röttgen [foto].
Entre os outros nove, seis deverão ficar fora de serviço até o final de 2021 e os três mais novos funcionarão, no mais tardar, até o final de 2022, conforme afirmações de Röttgen, que qualificou a decisão como sendo "irreversível".
O anúncio do ministro ocorreu após uma longa sessão de negociações, iniciada na tarde do domingo, 29, dentro da coalizão governamental encabeçada pela chanceler Angela Merkel.
Deste modo, a Alemanha deve encontrar, até o final de 2022, uma forma de cobrir os 22% de suas necessidades energéticas, geradas atualmente pelas usinas nucleares.
A decisão do governo alemão surge após Merkel ter estabelecido uma comissão de ética para analisar a produção de energia nuclear no país em reação ao desastre ocorrido na central japonesa de Fukushima Daiichi, no início de março.
A decisão dos partidos da coalizão dirigida por Merkel supõe um retorno à decisão tomada no ano de 2000, pela então coalizão de social-democratas e verdes, comandada por Gerhard Schröeder, que tinha aprovado, por lei, o fim da era nuclear em 2021.
Merkel e sua equipe se retratam, assim, da lei que aprovaram no ano passado para prolongar a vida das usinas nucleares em uma média de 14 anos e que atrasava para 2036 o fechamento da última usina atômica no país.
Com informações da Agência de Notícias
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