quinta-feira, 5 de maio de 2011

Vereadores são presos acusados de esquema de fraudes

Por determinação da juíza Flávia Castellar Olivério, três vereadores de Taboão da Serra, cidade da grande São Paulo, não puderam legislar essa semana. Eles foram presos em plenário, suspeitos de participar de um esquema de fraudes. A sessão da câmara de já ia começar quando a polícia chegou.
Um dos vereadores que a Justiça mandou prender, Carlos Andrade, do PV (foto Folhapress), tentou correr, mas foi alcançado. Outros dois vereadores: Arnaldo Santos, do PSB, e José Luiz Eloy, do PMDB, se entregaram.
Agilidade
A prisão temporária deles foi decretada por suspeita de envolvimento num esquema de fraudes com dinheiro público em Taboão da Serra. Tudo começou a ser descoberto em março, com a prisão do servidor público Márcio Renato Carra.
Segundo a investigação, de um computador da prefeitura, ele fez desaparecer quase R$ 65 mil em dívidas de tributos como IPTU e imposto sobre serviços em apenas oito minutos.
O sistema informatizado com a lista de devedores da prefeitura só poderia ser acessado por servidores com senhas especiais. Elas foram usadas para apagar dívidas que constavam como não pagas desde janeiro.
Evidência
Uma testemunha – protegida pela Justiça - disse que o vereador Carlos Andrade procurava por ela e por outros funcionários da prefeitura.
Ele pediu a relação de empresas e pessoas físicas que constavam como os maiores devedores de IPTU e também mandava alterar as datas de vencimento e até o nome do devedor.
As ordens chegavam em envelopes lacrados. Segundo a polícia, para sumir com a dívida, os vereadores cobravam 30% do valor total. O irmão de um dos vereadores também foi preso e outras pessoas podem estar envolvidas na fraude.
Apuração
De acordo com o portal “Folha.Com”, a Delegacia Seccional de Taboão da Serra acredita que o rombo causado pela fraude ultrapasse os R$ 10 milhões.
Outras sete pessoas, todas elas ligadas direta ou indiretamente ao sistema de arrecadação de IPTU de Taboão da Serra, são investigadas.
“O que a gente tem, na verdade, é que prosseguir as diligências para ver se outros vereadores ou se outros assessores ou se outras pessoas mais próximas da prefeitura estão envolvidas ou não”, declarou o delegado Raul Godoy Neto.

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