quinta-feira, 18 de abril de 2019

PARTICIPANTES DO ‘PROJETO REVITALIZAR’ PROMOVEM MELHORIAS NOS JARDINS ZOOLÓGICO E BOTÂNICO DE BELO HORIZONTE


“Quando eu estava pintando o banco do ponto de ônibus, uma moça me agradeceu... Disse que... ia dar até gosto de esperar o ônibus... até caprichei um pouco mais”, ressalta um dos sentenciados
Pintura na fachada da Portaria 1 e nos bancos da pracinha, remoção de pichações no abrigo de ônibus e limpeza da cobertura de policarbonato das estufas do Jardim Botânico (foto abaixo). Essas foram algumas das novidades visíveis para quem esteve na Zoobotânica no último final de semana. As ações foram promovidas em regime de força-tarefa por 30 homens que tiveram suas penas criminais por delitos leves convertidas em prestação de serviços. O grupo, juntamente com outros cerca de 230 sentenciados, integra o Projeto Revitalizar, parceria entre a Prefeitura de Belo Horizonte, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o Batalhão de Bombeiros de Operações em Desastres – Núcleo de Defesa Civil e a Associação Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil (AVSI-Brasil).
O projeto tem como objetivo contribuir para promoção da inserção social de pessoas sentenciadas ao cumprimento de penas, nesse caso convertidas em alternativas, por meio da valorização do trabalho e da capacitação profissional desses indivíduos.
Os participantes do projeto atuam, hoje, em sete parques da cidade em atividades como jardinagem, limpeza geral e pequenas manutenções, tudo sob a supervisão dos gerentes das unidades.
Conforme explica Sérgio Augusto Domingues, presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, embora já tenham ocorrido ações pontuais para melhorias intensivas em uma área específica, este é o primeiro mutirão que contou a participação dos integrantes do Projeto. “É um ganho significativo e de mão dupla. Nós ganhamos em termos de mão de obra, pois, sem eles demoraríamos para executar essas mesmas tarefas, realizadas por eles neste sábado. Eles, por outro lado, ganham a experiência e oportunidade de aprender novos ofícios com nossos técnicos, além de experimentarem a reinserção social por meio de um projeto supervisionado. Trata-se de um cumprimento de penas de forma qualificada. Temos casos de pessoas que passaram por nossos parques e, graças ao que aprenderam lá, puderam prestar serviços de pintura de forma autônoma e hoje são microempreendedores individuais”, comenta Sérgio.
Ele considera que o primeiro mutirão foi um teste bem sucedido e que deverá servir para o planejamento de ações semelhantes em outras unidades da Fundação, uma vez que as atividades foram executadas com qualidade, gerando uma economia significativa para os cofres públicos.
Thatiane Araujo Souza, gerente de projeto da AVSI Brasil, comenta que as ações nos parques têm sido muito positivas para os participantes do projeto porque, de uma forma ou outra, todos já usufruíram desses espaços com suas famílias e enxergam agora a importância do trabalho que estão oferecendo à sociedade. “Eles estão muito satisfeitos com o trabalho realizado e, assim, se afastam cada vez mais dos estigmas e da vulnerabilidade social que vivem”, afirma.
R.S, um dos integrantes do projeto, conta que o sábado foi de muita alegria, pois estava satisfeito em melhorar um local que as crianças adoram visitar. “Quando eu estava pintando o banco do ponto de ônibus, na entrada do Zoológico, uma moça me agradeceu. Ela disse que o local realmente precisava dessa pintura e que, agora, ia dar até gosto de esperar o ônibus, sentada ali, porque ia ficar limpo. Quando ela falou, eu vi a importância e até caprichei um pouco mais”, afirma.
Os participantes do mutirão ainda fizeram uma visita guiada pela Zoobotânica, acompanhados do gerente do Jardim Zoológico, Humberto Mello, que explicou sobre a rotina de cuidados com os animais e algumas atividades de conservação da fauna desenvolvidas no Zoológico.
Fonte: Ascom Parques e Zoobotânica

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