Atualmente,
grande parte das unidades funciona até às 17h. Nova proposta visa estender atendimento
até às 22h
Unidades
Básicas de Saúde (UBSs) poderão atender até às 22h. O Ministério da Saúde
anunciou esta semana, durante a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, o programa
que prevê a extensão do horário de funcionamento dos postos de saúde. Hoje, a
maioria das unidades funciona até às 17h.
A medida
tem como objetivo facilitar o acompanhamento de saúde, principalmente de
pessoas que trabalham fora. A estratégia havia sido defendida pelo ministro da
Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na cerimônia de posse.
Atualmente,
alguns municípios já realizam essa forma de atendimento, por conta própria.
Agora, a ideia é repassar recursos extras para que o horário de atendimento
seja ampliado. Neste ano, serão destinados R$ 150 milhões extras para
secretarias interessadas em prorrogar o horário de funcionamento. No ano que
vem, o valor será em torno de R$ 500 milhões adicionais.
Embora a
oferta seja para todos os municípios, o presidente do Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Junqueira, acredita que
somente as cidades de médio e grande porte terão condições de se encaixar no
programa. "A proposta prevê que, para ter o horário estendido, três
equipes sejam vinculadas na unidade básica de saúde", explicou.
Junqueira
avalia que municípios pequenos não terão como atender a esta exigência.
Unidades básicas que tenham três equipes terão de trabalhar 60 horas por
semana. Isso poderá ser feito com horários até às 22h. Mas há também a
possibilidade de abertura aos sábados.
O programa
prevêtambém outro formato, com seis equipes. Nesse caso, cada posto terá de
ofertar 75 horas semanais de atendimento. Cada equipe conta com médico,
enfermeiro, auxiliar de enfermagem, dentista, auxiliar de dentista e seis
agentes de saúde.
Para o
Ministério da Saúde, a medida pode ajudar a melhorar, sobretudo, as coberturas
vacinais, consideradas em níveis perigosamente baixos por autoridades
sanitárias. O posto aberto até mais tarde, avaliam, pode ajudar equipes a
organizar esforços concentrados de vacinação.
"Hoje,
quando uma mãe chega no posto já no fim do expediente, é comum o profissional
recomendar que ele retorne outro dia", conta Junqueira. Isso acontece
porque cada frasco traz várias doses de vacina. O receio é abrir um frasco,
atender uma criança e, depois, ter de jogar as demais doses fora – uma prática
condenada pelos Tribunais de Contas.
Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press
Fonte:
Agência Estado/Correio Braziliense
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