Por
P.
A. Ferreira (*)
Como é complicado viver,
alto exercício diário de combate e luta.
Ao longo da vida são os mais
diversos obstáculos e dificuldades infindas, não importa cor, credo, cultura e
situação financeira.
Viver é muito difícil e
exige o máximo possível para seguir em frente.
No decorrer deste trajeto
também vamos colecionando perdas e esquecimentos ou apenas distanciamentos, por
mais próximo que se possa estar.
As perdas, em algumas vezes,
se dão pela morte, literalmente falando, restando recordações dos bons momentos
e de toda história que envolveu aquela relação. Em outras, todavia, talvez
pior, são aquelas que se deram pela incompatibilidade ou pela impaciência, quem
sabe, pela ausência do entendimento de compartilhamento, já que qualquer
história de vida se dá em coletividade e os interesses de um não podem sobrepor
ao do outro. E há, ainda, ou deve haver a preocupação com o próximo, não
prevalecendo a todo instante o meu querer.
Como é difícil viver e
suportar as mortes.
Cada novo dia é um novo
nascimento, com o raiar do sol. Cada novo dia é, por certo, uma nova morte, com
o seu poente... Ou vice-versa, já que a noite e seu luar também representam
significado especial na vida.
Relacionamentos paternais,
divisões fraternais, compartilhamentos amorosos... Como viver é difícil.
Nesta caminhada, acumulamos
conhecimentos, juntamos experiências, evoluímos de acordo com a vontade
individual ou necessidade de momento.
Tentamos, também, em alguns
casos pessoais, contribuir para que o próximo avance, progrida em prol de uma
sociedade melhor. Mas, ainda mesmo assim, viver é muito difícil.
Suportar as mortes, as
perdas, os distanciamentos, os esquecimentos são dores e feridas abertas que
demoram a cicatrizar e, muitas vezes, não cicatrizam.
Viver é difícil e muitos
desistem ao longo da caminhada e se entregam.
Entretanto, se viver é
difícil, e temos este entendimento, é isto que nos torna humanos.
Se é muito difícil viver,
isto torna cada um em lutador para buscar o melhor de si, para si e para o
outro.
Viver é, sem sombra de
dúvidas, difícil ao seu extremo.
Contudo, agradeço, a cada
novo amanhecer, a cada novo anoitecer, o fato de ainda continuar vivo e poder
avançar, acumular conhecimento, colecionar experiências, bem como poder, de
alguma forma, contribuir para que o próximo também evolua.
Fotos: Ilustrativas
(*) jornalista
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