O inimigo número um dos Estados Unidos está morto. As informações vindas da Casa Branca, sede do governo estadunidense, pelo próprio presidente Barak Obama, na noite do domingo, 01, Dia do Trabalho, acercam que ocorpo do terrorista Osama Bin Laden, líder do grupo extremista Al Qaeda, responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001 ao World Trade Center, em Nova Iorque, e ao Pentágono, foi abatido pelas forças militares do “Tio Sam” durante bombardeio.
Vale lembrar que o ataque de 11 de setembro matou três mil inocentes e as incursões militares estadunidenses no Afeganistão, Paquistão e invasão ao Iraque para depor o ditador Saddam Hussein, mataram outros tantos inocentes.
É de certo que o fato tem significado ímpar por todo o mundo, tanto para os grupos terroristas quanto, e principalmente, para os países envolvidos, direta ou indiretamente, na chamada “Guerra contra o Terror”.
Entretanto, como cristão e sem falso moralismo, estou acompanhando as inúmeras incursões jornalísticas pelo mundo afora desde a noite de ontem, domingo, Dia do Trabalho, quando o Obama anunciou o feito ocorrido há uma semana, além de ler os mais diversos alertas das agências internacionais que chegam a todo instante, e confesso, estou atônito a tudo isso.
O homem que valia 25 milhões de dólares de recompensa "dead or alive", agora serve de festejos pelos quatro cantos do mundo, ainda mais nos Estados Unidos, onde o povo foi às ruas para comemorar como quem ganha um campeonato, porém, a festa é pela morte, não que eu entenda ser salutar a manutenção da liberdade de Bin Laden, não, pelo contrário, mas, daí a comemorar o extermínio de quem quer que seja já foge bem aos preceitos básicos do cristianismo, pelo menos do meu. Além disso, incautos deixam de observar os aspectos reversos que a situação representa e que, a partir deste acontecimento, são motivos de atenção redobrada.
“Dead or alive” [vivo ou morto] era a caçada implacável a Bin Laden, todavia, não a única. Na prática, a “Guerra contra o Terror” se norteou e norteará as ações por um bom e longo período em busca do aniquilamento do próprio Al Qaeda e suas células ramificadas em outros países, bem como a destruição de outros grupos terroristas.
“Morte de Bin Laden no Paquistão é saia justa para inteligência paquistanesa”, publica a BBC Brasil em seu site, com informações da BBC Urdu, para relatar e indagar: “Uma breve nota do Ministério do Exterior paquistanês, sobre as circunstâncias da morte de Osama Bin Laden, não menciona as preocupações que ressoam profundamente no coração das autoridades de segurança do Paquistão... Será que a inteligência paquistanesa realmente não sabia da presença de Bin Laden em uma mansão tão próxima da capital do país? Será que as forças de segurança do país tiveram alguma ligação com a operação que resultou na eliminação do homem mais procurado do planeta?”.
Nas redes sociais o assunto é a bola da fez. Comemorações, piadas e críticas tomam as páginas que, no geral, acabam por ter um momento de sensatez e reflexão. O que se apresenta ou pode representar um ganho nesse momento, mais adiante se mostra um campo minado de incertezas e perigo real a civis inocentes. A morte de Bin Laden não é fim do terrorismo.
Tanto não é o fim quanto é o prenúncio de vingança. O polvo no qual se transformou o Al Qaeda, criado em 1998 por Bin Laden, tem tantos braços quanto a figuras mitológicas gregas, dentre as quais, o Movimento Taleban do Paquistão, que já manifestou a intenção de vingança. Por hora, a alça de mira está para alvos estadunidenses e do governo paquistanês.
Assim, mais do que comemorar, o momento é de apreensão e adoção de medidas de segurança mais severas contra futuras represálias, principalmente em países, como o Brasil, aonde este tipo de terrorismo ainda não chegou e existem bases, embaixadas ou outras instalações dos Estados Unidos ou Paquistão.
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