Nos tempos da inflação galopante, o expediente
chegou a ser usado pelo próprio Banco Central, que carimbava as notas com os
seus valores atualizados
Ao
contrário do que os mais novos imaginam, carimbar notas de dinheiro é uma forma
de militância política mais antiga do que parece. Recentemente, a campanha pela
libertação de Lula usou carimbos nas notas com a frase “Lula Livre”, o que gerou
Fake News de que elas perderiam o
valor, logo desmentida pelo Banco Central.
Tanto
é que os carimbos da campanha “Lula Livre” passaram a ser vendidos
no Mercado Livre.
Como
se pode perceber pela foto que ilustra a matéria, a estratégia já foi usada em
diversos momentos cruciais da política brasileira, sobretudo em momentos em que
a liberdade de expressão estava comprometida, como a nota de “1 Cruzeiro”, que perguntava, na década
de 70: “Quem matou Herzog?”, sobre o assassinato, pela ditadura, do jornalista
Vladimir Herzog.
Teve
também o clamor por eleições diretas na década de 80; “Cuidado com o Trombadão,
Maluf Não”, frase que perdurou em várias épocas e, mais recentemente, o “Fora
Temer”, já nas notas de Real.
Nos tempos da inflação galopante, o expediente chegou a ser
usado pelo próprio Banco Central, que carimbava as notas com os seus valores
atualizados, com vários zeros cortados.
Fonte: Revista Fórum
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