Pela
primeira vez, em 22 anos, Comitê Nacional Palestiniano foi convocado por Abbas
para traçar estratégia política contra Donald Trump
Reeleito presidente do Comitê Executivo da
Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmud Abbas corrigiu o tiro
e pediu desculpas pelas declarações que fez no início da semana sobre os
judeus.
Abbas afirmou que as perseguições e os
massacres de que o povo judeu já foi alvo, incluindo o Holocausto, se deveram,
sobretudo, "às funções que desempenhavam habitualmente na sociedade, por
exemplo, no banca, mais do que à religião".
O comentário foi de imediato criticado por
Israel, que acusou Abbas de antissemitismo e negação do Holocausto.
Também a União Europeia e as Nações Unidas
consideraram as declarações inaceitáveis, repudiando aquilo a que chamam de
retórica que não ajuda a solução de dois Estados.
Em comunicado, Abbas pede desculpa a todos os
que se sentiram ofendidos pelas declarações, condena o antissemitismo e
classifica o Holocausto como o "maior crime hediondo da história".
O Comitê Nacional Palestiniano (CNP),
encarregado de eleger os membros do Comitê Executivo da OLP (responsável pelas
decisões políticas), foi convocado por Abbas, pela primeira vez em 22 anos –
sem reunir todos os membros –, para definir uma estratégia política no sentido
de responder ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que decidiu
reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
O novo Comitê Executivo não foi eleito por
votação, tendo sido escolhido com base nas consultas realizadas junto às várias
facções da OLP que participaram das reuniões.
"Os membros do Comitê Executivo da OLP
realizaram consultas entre si e decidiram eleger o irmão Abu Mazen (Abbas)
presidente do Comitê Executivo", disse Azam al Ahmad, um dos oito
elementos recentemente eleitos e que integram o organismo formado por 15
políticos”, assegurou a agência de notícias palestiniana Wafa.
A continuidade de Abbas, 82 anos, pelo CNP
foi decidida durante a madrugada.
Vários adversários de Abbas foram forçados a
abandonar o Comitê Executivo da OLP por não terem sido reeleitos, entre os
quais, Yaser Abed Rabo e o ex-primeiro-ministro da Autoridade Nacional
Palestiniana, Ahmed Qurei.
Apesar dos boicotes, Abbas deixou o caminho
aberto a facções, como a Frente Popular para a Libertação da Palestina, para
que recupere um dos três lugares que ainda se encontram disponíveis no quadro
do comitê.
Abbas convidou o Hamas e a Al Fatah a
participarem, "caso venham a aceitar a unidade nacional e a OLP",
informou a estação de rádio Kan.
O Hamas e a Jhiad Islâmica, assim como alguns
elementos da própria OLP, não participaram dos encontros.
Assista a reportagem através do link https://youtu.be/_LD1KOzSiaw.
Fontes: Agências Reuters/AFP
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