quarta-feira, 30 de maio de 2018

SITUAÇÃO SE AGRAVA E COMÉRCIO APRESENTA PROBLEMAS


AMIS faz alerta às autoridades por começar a faltar itens não perecíveis
A paralisação nacional dos caminhoneiros entrou em seu nono dia de protestos e a Associação Mineira de Supermercados (AMIS) informou nesta terça-feira, 29, que supermercados, restaurantes, padarias, entre outros estabelecimentos comerciais estão enfrentando sérias dificuldades para manter as atividades e, no caso dos supermercados, tendo que limitar a quantidade de produtos que estão sendo vendidos aos consumidores. De acordo com a entidade, o quadro se gravou nos últimos dias devido ao desabastecimento.
“Quadro geral de abastecimento de alimentos e gêneros básicos à disposição da população nos estabelecimentos se agravou em relação aos dias anteriores”, informa.
Ainda de acordo com posicionamento da entidade, a situação que antes deixava com problemas apenas o abastecimento de produtos perecíveis, como verduras, frutas, legumes, laticínios e carnes, agora já afeta itens como massas e pães, por exemplo. O principal obstáculo seria a dificuldade de trânsito das mercadorias.
A entidade ainda faz apelo às autoridades para a gravidade da situação. “A AMIS, em nome dos supermercados mineiros, reitera seu alerta às autoridades para que o diálogo com os manifestantes se acelere e permita o restabelecimento das condições de circulação de produtos de primeira necessidade, como é o caso dos alimentos”, afirma a entidade.
Em Poços de Caldas e região Sul mineira os reflexos do desabastecimento já é sentido não apenas no comércio, mas, também, nas residências.
Várias famílias ficaram sem gás de cozinha (GLP – Gás Liquefeito de Petróleo) e não encontraram o produto para comprar ou o preço pedido pelo botijão estava muito mais alto que os praticados antes da paralisação dos caminhoneiros. Com isso, muitas estão improvisando e voltaram a cozinhar com velha e tradicional lenha.
E a falta do GLP é apenas um dos muitos tormentos que afetam as cozinhas dos restaurantes, que também têm que fazer mágica e contorcionismo para driblar a carência dos hortifrutis.
Muitos estabelecimentos comerciais, como padarias e confeitarias, já enfrentam a falta do GLP ou o que tem não durará muitos dias, comprometendo, entre outros produtos, a produção do pão francês de cada dia.
Na noite desta terça-feira, 29, uma de supermercados que, em geral, fecha às 20h, baixou suas portas uma hora antes como protesto pela atual situação, reforçando o posicionamento da AMIS para que o diálogo com os caminhoneiros se acelere e permita o restabelecimento das condições de circulação dos produtos de primeira necessidade.

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