AMIS faz alerta às autoridades por começar a faltar itens não
perecíveis
A paralisação
nacional dos caminhoneiros entrou em seu nono dia de protestos e a Associação
Mineira de Supermercados (AMIS) informou nesta terça-feira, 29, que
supermercados, restaurantes, padarias, entre outros estabelecimentos comerciais
estão enfrentando sérias dificuldades para manter as atividades e, no caso dos
supermercados, tendo que limitar a quantidade de produtos que estão sendo
vendidos aos consumidores. De acordo com a entidade, o quadro se gravou nos
últimos dias devido ao desabastecimento.
“Quadro geral de
abastecimento de alimentos e gêneros básicos à disposição da população nos
estabelecimentos se agravou em relação aos dias anteriores”, informa.
Ainda de acordo com
posicionamento da entidade, a situação que antes deixava com problemas apenas o
abastecimento de produtos perecíveis, como verduras, frutas, legumes, laticínios
e carnes, agora já afeta itens como massas e pães, por exemplo. O principal
obstáculo seria a dificuldade de trânsito das mercadorias.
A entidade ainda faz
apelo às autoridades para a gravidade da situação. “A AMIS, em nome dos
supermercados mineiros, reitera seu alerta às autoridades para que o diálogo
com os manifestantes se acelere e permita o restabelecimento das condições de
circulação de produtos de primeira necessidade, como é o caso dos alimentos”,
afirma a entidade.
Em Poços de Caldas e
região Sul mineira os reflexos do desabastecimento já é sentido não apenas no
comércio, mas, também, nas residências.
Várias famílias
ficaram sem gás de cozinha (GLP – Gás Liquefeito de Petróleo) e não encontraram
o produto para comprar ou o preço pedido pelo botijão estava muito mais alto
que os praticados antes da paralisação dos caminhoneiros. Com isso, muitas
estão improvisando e voltaram a cozinhar com velha e tradicional lenha.
E a falta do GLP é
apenas um dos muitos tormentos que afetam as cozinhas dos restaurantes, que
também têm que fazer mágica e contorcionismo para driblar a carência dos
hortifrutis.
Muitos
estabelecimentos comerciais, como padarias e confeitarias, já enfrentam a falta
do GLP ou o que tem não durará muitos dias, comprometendo, entre outros
produtos, a produção do pão francês de cada dia.
Na noite desta
terça-feira, 29, uma de supermercados que, em geral, fecha às 20h, baixou suas
portas uma hora antes como protesto pela atual situação, reforçando o
posicionamento da AMIS para que o diálogo com os caminhoneiros se acelere e
permita o restabelecimento das condições de circulação dos produtos de primeira
necessidade.
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