sábado, 5 de maio de 2018

PROJETO DE LEI QUER EMBALAGENS NÃO POLUENTES NO PAÍS


Substituição será gradual, 20% em dois anos após entrar em vigor; 50% após quatro anos; 60% após seis anos; 80% após oito anos; e o plástico ser banido após 10 anos
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 17 de abril deste ano, o PLS 92/2018 que prevê a retirada gradual do plástico da composição de pratos, copos, bandejas e talheres descartáveis. A ideia é que, no prazo de 10 anos, o plástico seja totalmente substituído por materiais biodegradáveis em itens destinados ao acondicionamento de alimentos prontos para o consumo. O material deverá ser substituído em 20% dos utensílios no prazo de dois anos após a eventual vigência da lei, e a exigência sobe para 50% após quatro anos; para 60%, após seis anos; e para 80%, após oito anos para, então, o plástico ser banido após 10 anos. A análise deste projeto seguiu para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).
Com a meta de retirar de circulação todos os plásticos descartáveis do mundo em cinco anos, a campanha global #CleanSeas, em português #MaresLimpos, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), é a maior do gênero na história da organização e levanta uma questão urgente sobre o consumo de embalagens. Lançada em fevereiro de 2017, em Bali, a campanha mundial pede, de um lado, a limpeza dos oceanos e solicita aos governos que criem políticas para a redução do uso do plástico e, por outro, às empresas e indústrias que diminuam a produção de embalagens e optem por materiais mais sustentáveis. Até os consumidores tem a sua contribuição por meio da mudança dos hábitos de descarte de resíduos.
O alerta chega por conta do aumento considerável de poluição. A expectativa é que oito milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos todos os anos. Um milhão de garrafas plásticas são compradas no mundo a cada minuto e só 9% delas são recicladas. Em reflexo a isso, mais de 100 mil mamíferos marinhos morrem anualmente devido à poluição plástica, que também pode ter sido a causa da morte de mais de um milhão de aves marinhas durante o ano passado.
O setor entende que a solução não está em eliminar as embalagens por completo, mas optar por soluções sustentáveis, seguras, resistentes e leves. Entre as principais alternativas está o papel/cartão, que fortalece o seu posicionamento de fomentar a sustentabilidade do planeta. Ideal para confeccionar caixas e embalagens de alimentos, cosméticos, medicamentos e bebidas, a matéria-prima, vinda de fontes renováveis, oferece inúmeras possibilidades de design e ótima qualidade para impressão, além de ser uma ótima ferramenta de comunicação, afinal é possível imprimir em todos os seus lados. Além de tudo isso, o seu grande diferencial é ser biodegradável e 100% reciclável.
É importante ressaltar que a matéria-prima básica do papelcartão é a celulose, resultante principalmente do beneficiamento da madeira de florestas plantadas e da reciclagem de aparas de papel geradas durante o processo industrial. O Brasil é pioneiro em sustentabilidade e manejo responsável, com toda a produção nacional proveniente de florestas plantadas – que ocupam 7,84 milhões de hectares, o correspondente a 0,9% do território nacional.
“Estas características fazem com que o papelcartão seja considerado ideal para a confecção de embalagens”, segundo a presidente executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Elizabeth de Carvalhaes.
Ela enfatiza que “ele é fundamental no dia a dia de comerciantes e consumidores. É base, por exemplo, para a produção de um material chamado Polpa Moldada, que serve para bandejas para transporte e proteção de diversos produtos, como hortifrutigranjeiros, ovos, lâmpadas, celulares, geladeiras, fogões, entre outros”.
“Ao mesmo tempo em que o setor produtivo florestal garante altos padrões de gestão social, manutenção dos corredores ecológicos, eficiência da proteção à biodiversidade, preservação dos recursos hídricos e remoção de carbono da atmosfera”, finaliza.
Fonte: Portal Envolverde

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.