Desde
que alterou sua política de preços, em julho do ano passado, a estatal passou a
promover reajustes quase diários dos combustíveis
Com a política de preços para os combustíveis que a Petrobras
adota desde o ano passado e altera, quase que diariamente, o preço médio nas
refinarias, os preços da gasolina e do diesel subiram hoje, terça-feira, 22,
mas terão queda já amanhã, 23. A próxima redução será a primeira após cinco
dias de altas consecutivas.
Com o reajuste que entra em vigor nesta terça, o preço médio
do litro da gasolina sem tributo nas refinarias será de R$ 2 0867, com alta de
0,90% em relação à média atual de R$ 2,0680. O valor médio nacional do litro do
diesel subiu para R$ 2,3716, 0 97% maior do que a medida atual de R$ 2,3488.
Já com a queda amanhã, 23, o preço médio do litro da gasolina
sem tributo nas refinarias será de R$ 2,0433, com queda de 2,08% em relação à
média atual de R$ 2,0867. No mês de maio, o combustível acumula alta de 13,6%.
O valor médio nacional do litro do diesel caiu para R$ 2,3351, 1,54% menor do
que a medida atual de R$ 2,3716. No mês, o produto acumula alta de 10,6%.
Alta Acumulada
Desde que a Petrobras iniciou sua nova política de preços
para os combustíveis, em três de julho do ano passado, o óleo diesel subiu
56,5% na refinaria, segundo cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura
(CBIE) – passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488 (sem contar os impostos). O aumento
acompanhou a cotação do petróleo no mercado internacional, exatamente a
intenção da estatal. Mas, para os caminhoneiros, essa alta vem tornando sua
atividade inviável.
O governo fez uma reunião na noite de ontem, 21, para
discutir a questão, mas não conseguiu chegar a uma decisão. Nesta terça, estão
previstas mais rodadas de reuniões.
A primeira delas aconteceu pela manhã, no Ministério da
Fazenda, onde o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, recebeu o presidente da
Petrobras, Pedro Parente, e o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco. Eles
tentam encontrar uma forma de evitar oscilações tão frequentes no preço da
gasolina e do diesel no mercado doméstico.
Sobe e Desce
A Petrobras repassa a variação da cotação do petróleo no
mercado internacional, para cima ou para baixo. Desde que alterou sua política
de preços, em julho do ano passado, a estatal passou a promover reajustes quase
diários dos combustíveis.
A companhia refuta que seja responsável pela alta de preços
ao consumidor e diz que o valor cobrado pela empresa corresponde a cerca de um
terço dos preços praticados nas bombas. Maior parte do valor pago pelo
consumidor final engloba principalmente tributos, estaduais e municipais, além
da margem de lucro para distribuidoras e revendedores.
Segundo a estatal, as revisões podem ou não refletir para o
consumidor final – isso depende dos postos. Mas os donos de postos também
apoiam a reivindicação dos caminhoneiros, pois dizem estar perdendo margens com
os aumentos de preços.
Foto Abertura: Fábio Motta/Estadão Conteúdo RJ
Fonte: Estado de S.Paulo/Sucursal RJ
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