Nova Zelândia, Oceania – Um navio cargueiro encalhado desde outubro na costa da Nova Zelândia, Sudoeste do Oceano Pacífico, se partiu em dois, espalhando contêineres e detritos pelo mar e gerando receios sobre um novo vazamento de petróleo. O caso do navio Rena, que pertence a gregos, mas é registrado na Libéria, já havia sido descrito como o pior desastre ambiental marítimo da Nova Zelândia antes de a parte de trás da embarcação, atingida por muitas ondas, se separar da outra metade durante a noite de ontem, 07.
Autoridades marítimas afirmaram que a parte dianteira do navio permanece presa em sua posição original, mas a popa se distanciou pelo menos 30 metros da proa e está "se movendo significativamente", empurrada por ondas de 6 metros. A tempestade que provocou a divisão da embarcação vai continuar por mais três ou quatro dias, segundo oporta-voz da agência marítima neozelandesa, Ross Henderson.
Segundo autoridades, até 300 dos quase 880 contêineres que estavam no navio foram perdidos quando a embarcação se partiu. Desses 300, cerca de 30% estavam equipados com aparelhos de monitoração e em torno de 30 contêineres já foram localizados. Além disso, foi observado um vazamento de petróleo do navio. Alex van Wijngaarden, comandante da equipe nacional de resposta ao desastre, disse que o petróleo poderá chegar à tona por volta da meia-noite deste domingo, 08.
"Embora as informações até agora indiquem que não houve um vazamento significativo de petróleo, com o Rena na situação frágil em que está um novo vazamento é provável", declarou. "Equipes foram mobilizadas e estarão prontas para responder a qualquer coisa que vier à tona", acrescentou.
Uma área de três quilômetros de isolamento foi determinada em torno da embarcação. O capitão e o diretor de navegação do Rena enfrentam acusações criminais de operarem um navio de maneira perigosa, poluírem o ambiente e alterarem a documentação do navio depois do acidente.
(*) Com informação AE e AP
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