quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Tragédia no Rio de Janeiro com desabamento de três prédios

Rio de Janeiro, RJ – Autoridades confirmaram o desabamento de três na área histórica do Rio de Janeiro, no Centro da capital. O primeiro deles, o edifício Liberdade, na Rua 13 de Maio, ao lado do recém-reformado Theatro Municipal, com 20 andares e que teria ruído após forte explosão na rede de gás. Os outros dois, também na Treze de Maio, um com 10 andares e outro menor, de quatro andares, desabaram após serem atingidos pelo primeiro.
O número de vítimas ainda não foi divulgado pelo Corpo de Bombeiros. No local, o cenário é de muita destruição. Além dos três prédios desabados, um forte cheiro de gás tomou conta da região que segue isolada pelas autoridades e com bloqueio do acesso para a imprensa. As informações também são desencontradas, mas, de acordo com as equipes de socorro, cinco pessoas já teriam sido retiradas vivas e sem ferimentos graves. Entre elas, um homem com cerca de 50 anos de idade que passava pelo local e foi atingido pelos escombros e uma vítima que estaria dentro do elevador. Todas estão sendo atendidas no Hospital Souza Aguiar. Uma mulher com ferimento leve no braço e um mais profundo na cabeça, deu entrada pouco depois das 21h no Souza Aguiar e já estaria sendo submetida a cirurgia.
De acordo com o analista de sistemas Fernando Amaro, que trabalha na construção que caiu, as atividades no edifício encerrariam às 21h, então ele acredita que muitas pessoas já teriam ido embora. Ele disse que trabalha no quarto andar, ouviu um barulho e viu o prédio desabar. "Foi tudo muito rápido. Vi o porteiro sair correndo gritando e daí o prédio começou a ruir. Foi muita sorte ele ter se salvado", afirmou.
No saguão do edifício Liberdade funcionavam uma agência do banco Itaú e uma padaria. Nas proximidades também fica o tradicional bar Amarelinho, que reúne políticos, artistas e jornalistas há décadas. A Defesa Civil municipal confirmou que há feridos, mas não soube precisar a gravidade das vítimas.
Por causa de vazamento de gás, a Avenida Rio Branco chegou a ficar interditada, mas foi liberada. Já a Rua Evaristo da Veiga e avenidas Chile e Almirante Barroso seguem bloqueadas. A Linha 1 do Metrô estava parada. As pessoas que tiveram os carros atingidos pelos escombros entregavam as chaves aos policiais. Estes retiravam apenas veículos que foram menos danificados, ao passo que aqueles situados na zona de maior perigo não eram removidos.
O prefeito da cidade, Eduardo Paes, foi para o local para acompanhar a repercussão da tragédia. O secretário municipal de Conservação dos Serviços Públicos, Carlos Roberto Osório, também chegou à região. A Secretaria de Estado de Saúde colocou em alerta todos os hospitais da rede pública estadual e as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da Tijuca e Botafogo, que são as mais próximas. Dois fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-RJ) acompanham os trabalhos para buscar as causas do desabamento. Não está descartada a possibilidade de a realização de uma obra no sexto andar do edifício ter afetado as estruturas da edificação e causado ou contribuído para o desabamento.

(*) Com informação JB e G1

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