sábado, 7 de janeiro de 2012

Notícia de que Kirchner não tem câncer surpreende argentinos

Buenos Aires, Argentina – Nos últimos dez dias, os argentinos viveram dois momentos diferentes de comoção. O primeiro, no fim de dezembro, com a notícia de que a presidente Cristina Kirchner teria câncer na glândula tireoide. Agora, neste sábado, 07, com a informação, também oficial, de que ela não sofre da doença, a despeito do diagnóstico oficial.
A nova notícia foi dada por seu porta-voz, Alfredo Scoccimarro, diante das câmeras de televisão do país, e provocou gritos e aplausos de seus seguidores concentrados na entrada do hospital Austral, na cidade de Pilar, onde Cristina foi operada na última quarta-feira, 04.
Segundo Scoccimaro, a operação para a retirada da glândula da tireoide foi bem-sucedida, mas exames posteriores detectaram que o órgão não contém células cancerígenas. "O diagnóstico original foi modificado. (Exames) constataram a presença de nódulos em ambos os lóbulos da glândula tireoide, mas a presença de células cancerígenas foi descartada", disse o porta-voz.
A presidente já recebeu alta hospitalar e foi levada de helicóptero [foto] à residência presidencial de Olivos.
"Realmente é uma surpresa e que devemos comemorar", disseram apresentadores das emissoras TN e C5N, de Buenos Aires. Em seus sites, os jornais Perfil, Clarín e La Nación, críticos ao governo, destacaram a informação em suas manchetes. "Cristina teve alta após diagnóstico que não poderia ter sido melhor", publicou o Perfil.
O fato de que Cristina teria câncer era considerado, até então, tão consumado que a revista semanal Noticias, nas bancas desde a noite de ontem, 06, véspera do mais recente boletim médico, destacou na primeira página: "A luta da presidente contra o câncer".
Suficiente
Segundo o boletim médico, os exames indicaram que a cirurgia realizada foi "suficiente" para a retirada dos nódulos de Cristina, não sendo necessária "a administração de iodo radioativo".
Nos últimos dias, a saúde da presidente tinha provocado uma série de especulações na imprensa local. O La Nación enfatizou, em editorial, a importância das instituições num momento delicado da saúde da presidente. Analistas escreveram que a presença do câncer poderia levá-la a reduzir o ritmo de trabalho.
Nos últimos três dias, seguidores da presidente acamparam na entrada do hospital e muitos levaram flores, bandeiras e cartazes com o nome de Cristina e de seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, morto em outubro de 2010.
Durante a internação, a presidente foi acompanhada pelos filhos, Maximo e Florencia, além de sua mãe e de sua irmã. Na mídia local, neste período, foi destacado ainda o "papel crescente" de Maximo – que preside um grupo da juventude peronista que presta apoio ao kirchnerismo – como assessor direto da presidente.
"Maximo foi quem definiu todos os detalhes antes e durante a internação e também esteve em contato com assessores da presidente", afirmou Edgardo Alfano, comentarista de política da TN.
A expectativa é de que Cristina retorne ao trabalho em 25 de janeiro. Até lá, o vice-presidente e ex-ministro da Economia, Amado Boudou, ocupará interinamente a cadeira presidencial.

(*) Com informação Terra e EFE

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Prezados (as), reservo-me ao direito de moderar todos os comentários. Assim, os que me chegarem de forma anônima poderão não ser publicados e, desta forma, tão menos respondidos. Grato pela compreensão, espero contribuir, de alguma forma, com as postagens neste espaço.